Moryom, uma menina de nove anos de Bangladesh, enfrenta diariamente a rejeição em sua comunidade por sua fé cristã. Em um vilarejo de maioria muçulmana, a família de Moryom é amplamente conhecida, já que seu pai é pastor e sua mãe ensina em um projeto de alfabetização para adultos. No entanto, isso também os torna alvo de preconceito e discriminação.
Por ser cristã, Moryom não pode usar o riquixá, transporte comum da região, junto de seus colegas muçulmanos. Ela precisa caminhar três quilômetros todos os dias para chegar à escola. Apesar das palavras dolorosas e do desprezo que enfrenta, Moryom leva tudo a Deus em oração, escolhendo sempre perdoar.
Em Burkina Faso, Combary, de 13 anos, viu sua vida mudar drasticamente quando extremistas atacaram sua vila. Ela e sua família fugiram, tornando-se deslocados internos. Para Combary, o sonho de continuar seus estudos ficou fora de alcance, já que a sobrevivência imediata — buscar abrigo e comida — tornou-se prioridade.
Na Ásia Central, Ailin enfrenta múltiplos desafios. Como filha de pais surdos, vive em uma cultura que frequentemente discrimina pessoas com deficiência, considerando a surdez uma maldição. Além disso, ser cristã contradiz a identidade religiosa predominante da região, que associa o nascimento na Ásia Central ao islamismo. Ailin e sua mãe já foram interrogadas pelas autoridades por possuírem literatura cristã, um reflexo da vulnerabilidade enfrentada pelas famílias que seguem Jesus.
Essas histórias exemplificam os desafios enfrentados por milhões de crianças cristãs em todo o mundo, que frequentemente se tornam os alvos mais vulneráveis de perseguição por causa de sua fé. Além disso, elas representam o futuro da Igreja. Como os líderes da próxima geração, essas crianças carregam uma pesada responsabilidade: perseverar e manter viva a chama da fé em ambientes de hostilidade.
O papel da Igreja global
O Natal e outras celebrações festivas muitas vezes acentuam o isolamento dessas crianças, tornando o apoio espiritual e emocional ainda mais crucial.
De acordo com a Lista Mundial da Perseguição 2024 da organização Portas Abertas, mais de 365 milhões de cristãos enfrentam níveis elevados de perseguição em todo o mundo. Isso significa que, em média, um em cada sete cristãos sofre por sua fé.
A página Kids da Portas Abertas oferece atividades educativas que ajudam as crianças a compreender e orar por seus irmãos na fé ao redor do mundo. Ensinar a próxima geração a apoiar e se solidarizar com os cristãos perseguidos é um passo fundamental para fortalecer a Igreja e enfrentar os desafios do futuro.
Que possamos, como Igreja, abraçar essa missão de oração e suporte, preparando o caminho para que a próxima geração cresça com fé resiliente e esperança transformadora.