Imagem: Reprodução / Redes Sociais
Após horas de operações de buscas, o governo do Irã confirmou nesta segunda-feira (20) a morte do presidente Ebrahim Raisi, num acidente de helicóptero, no domingo (19). Ele tinha 63 anos e foi eleito em 2021, com mandato até 2025.
Raisi era a pessoa mais importante do Irã, atrás apenas do aiatolá Ali Khamanei, líder supremo do Irã e de quem o atual presidente era um protegido e possível sucessor.
Segundo a imprensa oficial local, o helicóptero caiu numa região montanhosa do Irã em razão das más condições climáticas durante um voo que trazia o presidente e outras autoridades do Azerbaijão. O chanceler iraniano também morreu no acidente, além de outros 7 ocupantes da aeronave.
A República Islâmica do Irã é considerada uma ditadura e costuma punir, ou até mesmo matar, mulheres, cristãos, gays e outras minorias. Talvez por isso, logo após a repercussão do acidente, era possível ouvir fogos em quase todo o Irã. Muitos iranianos também transformaram a morte de Ebrahim Raisi em piada nas redes sociais.
Sucessão
Com a confirmação da morte de Raisi, nesta segunda-feira, o país inicia um processo de sucessão, com lideranças interinas e novas eleições em menos de dois meses.
No discurso que declarou cinco dias de luto nacional, Khamenei anunciou que o vice-presidente, Mohammad Mokhber, vai assumir de forma interina, respeitando a Constituição iraniana. O vice seria responsável por, ao lado dos chefes dos Poderes Legislativo e Judiciário, convocar uma nova eleição presidencial em um prazo máximo de 50 dias.
