17 de dezembro de 2024
Imagem: Reprodução / X

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A partir desta segunda-feira (13), candidatos que, por problemas de logística ou saúde (doenças infectocontagiosas), não puderam fazer as provas do Exame Nacional do Ensino Médio 2023 (Enem) têm até sexta-feira (17) para solicitar, pela Página do Participante, a reaplicação do exame.

A medida vale também para pessoas que não compareceram porque foram alocadas a uma distância superior a 30 quilômetros da residência informada. Segundo o Ministério da Educação, entre os problemas logísticos que possibilitam a reaplicação das provas estão alguns ligados a comprometimento da infraestrutura (como desastres naturais); falta de energia elétrica no local (caso comprometa a visibilidade da prova); falha no dispositivo eletrônico fornecido ao participante e erro no procedimento de aplicação da prova, caso incorra em comprovado prejuízo ao candidato.

As doenças infectocontagiosas que possibilitam a reaplicação da prova são covid-19, tuberculose, coqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenza, doença meningocócica e outras meningites, varíola; influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem sarampo rubéola e varicela.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) explica que, “nos casos de doenças infectocontagiosas, os pedidos de reaplicação devem ser acompanhados por documentos comprobatórios, que serão analisados pelo Inep individualmente”.

Nos casos de ausência devido a problemas logísticos, o Inep avaliará as solicitações, de acordo com as intercorrências registradas.
Para solicitar a reaplicação do exame, o candidato deve acessar Página do Participante e apresentar documento que comprove a necessidade. Os dados inseridos no pedido não podem ser alterados após o envio.

O segundo dia de provas do Enem registrou 32% de abstenção.

Problemas
O segundo dia de provas do Enem, neste domingo (12), teve 90 questões sobre Ciências da Natureza e Matemática. Ele foi marcado pelo forte calor que os inscritos tiveram que enfrentar nas salas onde o exame foi realizado e por uma questão anulada.

Segundo o Ministério da Educação, a pergunta sobre H1N1 da prova amarela era repetida de outra edição do Enem. O MEC descartou inicialmente anular uma segunda questão, que já teria sido usada no vestibular da Universidade Estadual de Goiás em 2003.

E mais uma vez teve vazamento da prova. Um pdf com a cópia do caderno de questões circulou em grupos de WhatsApp, uma hora antes para o fim do exame. O MEC não pensa em anulação.

Denúncia de racismo

Estudantes denunciarem o conteúdo racista contido em uma das questões da prova, feita por mais de dois milhões de estudantes em todo o país. Ela traz uma charge com imagens estereotipadas que parecem ser uma tentativa de representação de povos originários de África.

Na charge (foto), da prova dedicada à área de exatas, figuravam palavras como “Urapum” e “Okosa”, quase um lembrete de quando povos originários eram mostrados falando “Uga buga”.