Esta terça-feira, 24 de outubro, é o Dia Mundial do Combate à Poliomielite, doença também conhecida como paralisia infantil que é contagiosa e aguda. Causada pelo poliovírus, que vive no intestino, a doença pode provocar implicações graves no sistema nervoso central, como atrofia e paralisia de membros, especialmente as pernas.
A data faz menção ao nascimento de Jonas Salk, líder da primeira equipe que desenvolveu uma vacina contra a pólio, e busca conscientizar a população sobre os perigos da doença e a importância da vacinação. Aqui no Brasil, a imunização está disponível nas unidades básicas de saúde, gerenciadas pelas prefeituras.
Prevenção
A vacina inativa de poliomielite (injetável) é administrada em três doses, aos 2, 4 e 6 meses. O reforço é realizado por meio da vacina oral bivalente, a famosa “Gotinha”, em duas doses, primeira aos 15 meses e a segunda aos 4 anos.
Transmissão
A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, por meio de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus.
Sintomas
Os sintomas mais frequentes são febre, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e no corpo, vômitos, diarreia, constipação (prisão de ventre), espasmos, rigidez na nuca e até mesmo meningite. Nas formas mais graves instala-se a flacidez muscular, que afeta, em regra, um dos membros inferiores.
Tratamento
Não existe tratamento específico, todas as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas, de acordo com o quadro clínico do paciente.
Sequelas
As sequelas da poliomielite estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus, normalmente são motoras e não tem cura. As principais são:
– problemas e dores nas articulações;
– pé torto, conhecido como pé equino, em que a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não encosta no chão;
– crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-se para um lado, causando escoliose;
– osteoporose;
– paralisia de uma das pernas;
– paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo de secreções na boca e na garganta;
– dificuldade de falar;
– atrofia muscular;
– hipersensibilidade ao toque.
As sequelas da poliomielite são tratadas através de fisioterapia, por meio da realização de exercícios que ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados, além de ajudar na postura, melhorando assim a qualidade de vida e diminuindo os efeitos das sequelas. Além disso, pode ser indicado o uso de medicamentos para aliviar as dores musculares e das articulações.