Durante os ataques a ônibus na Zona Oeste do Rio de Janeiro, nessa segunda-feira (23), muita gente se questionou sobre onde estava a Força Nacional, que não impediu a ação criminosa. Os agentes chegaram ao Estado na semana passada e concentram suas ações em rodovias federais, enquanto os ataques ocorreram no perímetro urbano. Ao todo, o efetivo que reforça o policiamento nas rodovias federais que cortam o Rio de Janeiro é de 550 agentes, sendo 250 da Polícia Rodoviária Federal, e 300 da Força Nacional.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, prometeu o envio de mais homens da Força Nacional ao Rio de Janeiro ainda hoje (24). Em publicação no X (antigo Twitter), o ministro prometeu ainda enviar autoridades federais para ajudar na intervenção na capital fluminense junto às autoridades estaduais.
Durante os ataques, ao menos 35 ônibus foram incendiados, além de um trem. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, os crimes foram uma retaliação à morte de Matheus Rezende, conhecido como Faustão, sobrinho do líder da maior milícia do estado, na Zona Oeste, o Zinho. Faustão foi morto ontem, em confronto com agentes da Polícia Civil.
Governador determina reforço das Forças de Segurança
O governador Cláudio Castro se reuniu com lideranças das Forças de Segurança do Estado do Rio de Janeiro na manhã desta terça-feira (24), no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova. O objetivo foi monitorar as ações integradas que acontecem em toda a cidade do Rio desde a tarde de ontem, em combate a atos denominados pelo governador como terroristas.
Uma ação integrada entre as polícias Militar, Civil, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil restabeleceu a segurança em bairros da Zona Oeste do Rio, após os episódios de violência ocorridos como consequência da morte do miliciano Matheus Silva Rezende, sobrinho de Zinho – chefe da maior milícia do Rio de Janeiro.
– Desde as primeiras horas de hoje, 80% da frota de ônibus está circulando normalmente. Assim como trens e departamentos de saúde, como clínicas da família, também estão funcionando – ressaltou Castro.
O governador Cláudio Castro destacou ainda que o Governo do Estado está em estado máximo de alerta e que a orientação dada é para que todas as Forças de Segurança permaneçam nas ruas, com helicópteros, drones, viaturas e agentes, para garantir a normalidade e tranquilidade da população.
Maior ataque da história
Segundo o Rio Ônibus, sindicato das empresas de ônibus do Rio de Janeiro, o setor sofreu o pior ataque criminoso da história. Ao todo, 35 ônibus foram incendiados. “O Rio Ônibus, mais uma vez, repudia com veemência o ocorrido e apela às autoridades públicas para que tomem uma providência com urgência. É preciso dar um basta”, diz a nota publicada pelo sindicato nas redes sociais.