17 de dezembro de 2024
Suheib Yousef, filho do cofundador do Hamas, Hassan Yousef, fala à TV israelense após deixar o grupo terrorista e acusá-lo de corrupção (Captura de tela, 3 de julho de 2019, Canal 12)

Suheib Yousef, filho do cofundador do Hamas, Hassan Yousef, fala à TV israelense após deixar o grupo terrorista e acusá-lo de corrupção (Captura de tela, 3 de julho de 2019, Canal 12)

Mosab Hassan Yousef, conhecido como o “Príncipe Verde”, é filho de um dos fundadores do Hamas, Sheikh Hassan Yousef, e abandonou o grupo terrorista palestino há mais de uma década, após se converter ao cristianismo. Esta semana, em meio à guerra entre o Hamas e Israel, várias entrevistas antigas dele viralizaram nas redes sociais. Em uma delas, Yousef disse que sua decisão de abandonar a fé muçulmana e denunciar a organização de seu pai expôs sua família à perseguição em sua cidade natal, Ramallah, e colocou em risco sua própria vida.

Anos depois, outro irmão de Mosab, Suheib Yousef, também abandou o Hamas e denunciou casos graves de corrupção e terrorismo praticados pelo grupo. Yousef chegou a denunciar que o Hamas tem equipamentos avançados de escuta para fazer espionagem, inclusive em Israel.

Segundo os irmãos, as atividades do Hamas visavam apenas espalhar seu poder para a Cisjordânia, e não defender o povo palestino, como alguns, inclusive no Brasil, imaginam.

De acordo com uma entrevista transmitida em 2019 pelo Canal 12 de Israel, Suheib virou as costas para a organização terrorista, voou para o Sudeste Asiático e expôs a corrupção e o funcionamento interno de suas operações na Turquia.

“O Hamas opera operações de segurança e militares em solo turco sob a cobertura da sociedade civil”, disse Yousef. “Eles têm centros de segurança a partir dos quais operam equipamentos avançados de escuta, para ouvir as pessoas e os líderes (palestinos) em Ramallah.”

“Eles têm equipamentos avançados e programas de computador para fazer isso”, disse ele. Quando questionado se o grupo também ouvia conversas telefônicas israelenses, ele disse que sim, mas não quis dar mais detalhes. Yousef disse que também mirou outros países árabes.

Mas acusou o Hamas de não estar a trabalhar no interesse do povo palestiniano.

“Eles estavam trabalhando por uma agenda externa. Isso não é para a causa palestina. Em vez disso, eles vendem as informações ao Irã em troca de assistência financeira”, disse ele, observando que o dinheiro veio por meio de bancos turcos.

Yousef disse que esta foi apenas uma das áreas em que se desiludiu com o Hamas, com sede em Gaza, dizendo que suas atividades visavam apenas espalhar seu poder para a Cisjordânia.

 

*Com informações The Times of Israel