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Os cristãos na Indonésia vivenciam uma realidade permeada pela perseguição, onde a fé em Jesus é um ato de coragem que pode desencadear uma série de desafios e ameaças. Nesse país de maioria muçulmana, a hostilidade contra os seguidores de Cristo é uma triste realidade que se manifesta de várias formas.
Desde o ambiente de trabalho até a esfera pública, os cristãos indonésios frequentemente se deparam com o assédio, a discriminação e, em casos extremos, enfrentam ataques que colocam suas vidas em perigo. Muitos deles, em especial aqueles que se converteram do islamismo, enfrentam uma constante pressão social e familiar, que se traduz em provocações, alienação e até mesmo ameaças físicas. Alguns são submetidos a tentativas de forçá-los a retornar ao Islã, por meio de cerimônias de “exorcismo” realizadas por forças externas.
Um exemplo vívido dessa perseguição é a história de Vânia (pseudônimo), citada pelo The Christian Post como uma funcionária pública que se encontra em um ambiente predominantemente muçulmano. Sua fé cristã a torna uma figura destacada, sem mencionar as dificuldades que enfrentou ao tentar obter documentos de identificação do governo, que foram deliberadamente atrasados devido à sua religião. Ela teve que recorrer a uma agência governamental independente para finalmente obtê-los, em um processo que foi angustiante e desafiador.
A imposição de códigos de vestimenta islâmicos, principalmente em relação a meninas e mulheres, é outra faceta dessa perseguição. O governo indonésio tem exigido o uso de hijab ou jilbab, roupas que cobrem partes do corpo, em escolas, repartições públicas e locais de trabalho. Isso não apenas restringe a liberdade individual, mas também leva ao bullying e sofrimento psicológico significativo para as que se recusam a cumprir essas regras.
Além disso, a liberdade de reunir-se e adorar é cada vez mais difícil de alcançar. Para uma igreja ser construída na Indonésia, ela precisa obter uma licença chamada IMB (Izin Mendirikan Bangunan), que requer uma quantidade significativa de aprovações de membros e vizinhos de diferentes religiões. Mesmo quando todas as condições são atendidas, não há garantia de que a igreja possa ser construída sem enfrentar resistência. Muitas vezes, grupos extremistas locais organizam protestos e bloqueiam a construção, forçando as congregações a abandonar seus projetos ou mudar para locais alternativos.
A perseguição também assume uma forma mais brutal, com grupos extremistas realizando ataques a igrejas e cristãos, muitas vezes com consequências fatais. Nos últimos anos, vários ataques terroristas resultaram em mortes e ferimentos, alimentados pela ascensão do islamismo radical e do Estado Islâmico. Para esses grupos, a existência dos cristãos é considerada uma afronta.
Apesar dessas adversidades, os cristãos na Indonésia não renunciam à sua fé. A Igreja Evangélica continua a crescer, com missionários dedicados trabalhando arduamente para alcançar grupos não alcançados. Esses indivíduos corajosos enfrentam uma realidade difícil, mas sua determinação em compartilhar o Evangelho é um testemunho de resiliência e perseverança em meio à perseguição religiosa.
