O apresentador Fausto Silva, de 73 anos, segue em recuperação após passar por um transplante de coração. A cirurgia realizada domingo (27) no Hospital Albert Eistein, em São Paulo, foi bem-sucedida. Mas várias pessoas questionaram nas redes sociais a rapidez com que o artista foi atendido. E para aumentar a polêmica, alguns veículos de comunicação divulgaram a identidade do provável doador.
Fila do SUS
Diante da repercussão do caso, o Ministério da Saúde explicou que a lista do Sistema Nacional de Transplantes é única, e vale tanto para os pacientes do sus quanto para os da rede privada. Segundo a pasta, os critérios da lista de espera levam em consideração a tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão.
Faustão estava há uma semana na fila para o transplante de coração. O apresentador ocupava o segundo lugar na fila de espera, segundo a Central de Transplantes do Estado de São Paulo. Ainda na madrugada do domingo, a Central ofereceu um coração à equipe transplantadora de Fausto Silva, que aceitou a oferta do órgão após avaliação de compatibilidade.
A equipe transplantadora do paciente que ocupava a primeira posição decidiu pela recusa do órgão. As razões não foram divulgadas pelo Central de Transplantes, mas podem estar relacionadas a incompatibilidades entre receptor e doador.
Sigilo de doador
Esclarecida a prioridade de Faustão, uma nova polêmica surgiu. Alguns veículos de comunicação revelaram a identidade do possível doador do coração ao apresentador. Imediatamente, várias pessoas foram às redes sociais para questionar a falta de sigilo.
No entanto, a lei permite que a família divulgue a identidade do doador. Já as pessoas que trabalham no Sistema Nacional de Transplantes não têm esse direito.
Maior número de transplantes
Segundo o Ministério da Saúde, na última semana, entre 19 e 26 de agosto, foram realizados 13 transplantes de coração no país, sendo sete só no estado de São Paulo, unidade da federação com maior volume de transplantes.
No primeiro semestre de 2023 foram realizados 206 transplantes de coração no Brasil, o que representa aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado.