O Instituto Brasil de Pesquisa Clínica (IBPClin), no Rio de Janeiro, está selecionando voluntários para participar de pesquisa com um novo medicamento que reduz a lipoproteína (a) no sangue. Esta substância, semelhante ao LDL (o mau colesterol), é produzida no fígado e, em excesso, aumenta o risco de infarto e acidente vascular cerebral, principalmente em pessoas que já sofreram esses problemas, ou trombose arterial nas pernas e nas artérias carótidas. A pesquisa tem o aval da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) do Ministério da Saúde.
“É essencial dosar a lipoproteína (a), sobretudo em pessoas com colesterol elevado desde jovem e naquelas da raça negra, em hipertensos, em diabéticos e indivíduos com história familiar de infarto em idade jovem (na faixa de 30 a 40 anos)”, enfatiza o endocrinologista Luís Augusto Russo, diretor do IBPClin e líder da pesquisa com o novo medicamento para baixar a lipoproteína (a).
Estima-se que de 25% a 30% da população mundial apresentam níveis altos de lipoproteína (a). O estudo do IBPClin – do grupo Care Access, líder global em pesquisas clínicas descentralizadas – visa a confirmar a eficácia de uma nova droga para diminuir essa molécula no sangue.
Inscrições
Os interessados em participar do projeto para baixar a lipoproteína (a) terão acesso a consultas e exames laboratoriais gratuitos com clínicos, cardiologistas e endocrinologistas do IBPClin. O critério para a inclusão é ter história prévia de infarto, derrame ou doença arterial obstrutiva. As inscrições podem ser feitas pelos telefones: (21) 98556-4888 e (21) 2527-7979.
O IBPClin promove há 20 anos estudos para o desenvolvimento de novos fármacos em diferentes especialidades da medicina, tendo participado de mais de 160 pesquisas, incluindo mais de sete mil participantes voluntários, em 12 estados. As doenças cardiovasculares representam a principal causa de mortes no Brasil. São mais de 1.100 mortes por dia, cerca de 46 por hora, 1 morte a cada 1 minuto e meio (90 segundos), de acordo com o Cardiômetro, da Sociedade Brasileira de Cardiologia.