A espaçonave da Índia começou a explorar a superfície da Lua nesta quinta-feira (24) como parte da missão Chandrayaan-3 do país.
O módulo de pouso Vikram, de Nova Délhi, chegou à Lua na quarta-feira (23), tornando a Índia o primeiro país a pousar uma nave no polo sul lunar, a parte mais escura do satélite da Terra.
A espaçonave Pragyan, de seis rodas e movido a energia solar, explorará a área da Lua, em grande parte não mapeada, e transmitirá imagens e dados científicos durante um período de duas semanas. Ele examinará a composição mineral da superfície da lua.
Cahndrayaan-3 teve que orbitar a Terra várias vezes para ganhar velocidade e levou um mês para chegar à Lua.
A espaçonave tem dois instrumentos que conduzirão experimentos de composição química e de elementos, disse o chefe da ISRO, S. Somanath. Ele acrescentou que a espaçonave conduzirá um “exercício de planejamento de caminho robótico que é muito importante para nós para exploração futura”.
O nome, Pragyan, significa “sabedoria” em sânscrito.
A ISRO também divulgou imagens da superfície da Lua tiradas após o pouso. “Chandrayaan-3 escolheu uma região relativamente plana na superfície lunar”, disse a organização.
Programa espacial da Índia
Nova Deli tem procurado reduzir os custos das missões espaciais copiando e adaptando as tecnologias existentes. O Chandrayaan-3 teve um custo de 74,6 milhões de dólares (68,8 milhões de euros), muito inferior às missões lunares da maioria dos outros países.
Apenas os Estados Unidos, a China e a antiga União Soviética haviam conseguido um pouso controlado na Lua.
Em 2014, a Índia se tornou o primeiro país da Ásia a colocar uma nave em órbita ao redor de Marte. Também planeja enviar uma sonda em direção ao Sol no próximo mês.
Em 2019, outra missão lunar indiana falhou durante a descida final.
A ISRO planeja lançar uma missão tripulada de três dias na órbita da Terra até 2024.
Em 2025, a Índia está programada para lançar uma missão conjunta com o Japão à Lua e uma missão orbital a Vênus.