O WorldCoin é um novo projeto de criptomoeda desenvolvido pelo CEO da OpenAI, Sam Altman, que rapidamente ganhou popularidade com mais de 2 milhões de inscrições em todo o mundo em apenas uma semana após o seu lançamento em 24 de julho. A característica distintiva da WorldCoin é a utilização de biometria em seu processo de inscrição, o que envolve o escaneamento de íris. Esse método único gerou preocupações em países como França, Alemanha e Quênia.
O projeto WorldCoin visa estabelecer a maior rede pública de identidade e finanças do mundo, acessível a todas as pessoas, independentemente de sua nacionalidade, origem ou status econômico. Seu objetivo é oferecer uma identidade única e verificada para todos, incluindo aqueles sem documentos oficiais. Através do uso de um “World ID”, obtido por meio de uma varredura ocular presencial usando um dispositivo chamado “orbe”, a WorldCoin busca criar uma conta exclusiva para “humanos reais”. Esse ID biométrico serviria como uma forma segura de distinguir entre humanos e sistemas de Inteligência Artificial, evitando a duplicação de identidades.
O projeto WorldCoin possui três elementos principais: o World ID, que é uma identidade digital para comprovar a singularidade de um indivíduo; o token WorldCoin (WLD), sua criptomoeda; e o World App, que permite pagamentos, compras e transferências globais usando ativos digitais e moedas tradicionais. Embora a criação do World ID não seja obrigatória para acessar o aplicativo ou tokens, a WorldCoin oferece incentivos para incentivá-lo.
Para obter um World ID, é necessário realizar uma varredura ocular presencial. A WorldCoin oferece tokens WLD gratuitos como incentivo, que podem ser vendidos ou mantidos em espera para possível valorização. A empresa expandiu suas operações do dispositivo “orbe” para 35 cidades em 20 países.
A WorldCoin é propriedade da empresa Tools for Humanity, cofundada por Sam Altman e Alex Blania, que também é o CEO. Altman destaca que a WorldCoin pode desempenhar um papel significativo na economia futura moldada pela IA generativa, mencionando a possibilidade de uso da criptomoeda para implementar a Renda Básica Universal e combater a desigualdade econômica.
No entanto, a WorldCoin enfrenta preocupações de privacidade e regulamentações em relação à coleta e processamento de dados biométricos. Enquanto a empresa afirma que as imagens coletadas são prontamente excluídas e apenas representações numéricas das características essenciais permanecem, reguladores da União Europeia, Reino Unido, França e Quênia expressaram preocupações sobre o processamento em larga escala de dados sensíveis e a legalidade da coleta de dados biométricos.
A WorldCoin Foundation respondeu que o projeto foi projetado para proteger a privacidade individual e está comprometido em atender aos requisitos regulatórios. A trajetória da WorldCoin reflete uma interseção intrigante entre criptomoedas, biometria e privacidade, enquanto o projeto continua a ser acompanhado de perto por especialistas e reguladores.
*Imagem meramente ilustrativa: Pixabay
