A Jornada Mundial da Juventude começou nesta quarta-feira (02) em Portugal, com a presença do papa Francisco, e muitas críticas sobre gastos públicos excessivos na organização do evento e denúncias de abusos sexuais na Igreja Católica.
A estimativa é que a JMJ tenha custado cerca de 36 milhões de euros (o equivalente a 190 milhões de reais).
Tapete da Vergonha
Na semana passada, o artista plástico Bordalo II, Disfarçado de funcionário, entrou no palco do parque Eduardo VII, onde acontece a missa de abertura do evento, e desenrolou o chamado “tapete da vergonha” sobre os degraus, ilustrado com grandes notas de 500 euros, em referência aos gastos para a realização do evento.
Abuso sexual
Os protestos não param por aí. Vítimas de abusos sexuais praticados por sacerdotes católicos nos últimos anos também esperam que o evento seja utilizado como canal para propagar as denúncias.
O evento em Portugal acontece menos de seis meses depois de um relatório de uma comissão portuguesa dizer que pelo menos 4.815 menores foram abusados sexualmente por clérigos – a maioria padres – ao longo de 70 anos.
“Haverá jovens de todo o mundo e a realidade [dos abusos] está presente em todos os continentes”, disse Filipa Almeida, de 43 anos, que foi abusada por um padre quando tinha 17 anos.
Cartazes que relembram vítimas de abuso foram instalados em Lisboa.
Imagem: JMJ Lisboa 2023 / Reprodução Twitter