7 de abril de 2025

De acordo com um novo relatório divulgado pelo Escritório Central de Estatísticas, a população cristã de Israel apresentou um ligeiro crescimento no último ano, com os cristãos árabes representando a maioria dos cristãos do país. Esses dados, revelados no dia de Natal, apontam um aumento de 2% na comunidade cristã em 2021, representando agora 1,9% da população total de Israel.

O relatório destaca que, dos cristãos em Israel, 75,8% são cristãos árabes, representando 6,9% da população árabe do país. Além disso, foi observado que a taxa de fecundidade média das mulheres cristãs foi de 1,77 filho por mulher, sendo ainda menor entre as mulheres cristãs árabes, com uma média de 1,68 filho por mulher.

Os principais centros de residência da comunidade cristã árabe são Nazaré, Haifa, Jerusalém e Shefar’am, de acordo com o relatório. O tamanho médio dos lares cristãos é de 3,06 pessoas, o que é semelhante aos lares judeus (3,05), porém menor do que os lares muçulmanos (4,46).

No campo da educação, o relatório revela que 52,9% dos cristãos árabes e 31,2% dos cristãos não árabes buscam educação superior após a conclusão do ensino médio, números superiores aos da população árabe muçulmana (31,2%) e da população judaica (48,2%). Os cursos mais populares entre os estudantes cristãos incluem musicologia, sistemas de informação gerencial, engenharia e tecnologia de alimentos, ciências sociais, matemática, ciências da computação e estatística.

Outro aspecto relevante do relatório é a representação dos cristãos na força de trabalho. Em 2021, 66,3% dos cristãos com 15 anos ou mais participaram ativamente do mercado de trabalho, sendo 69,2% dos homens e 64,1% das mulheres. Esses números indicam a participação significativa dos cristãos no setor econômico do país.

A presença da comunidade cristã em Israel há muito tempo tem gerado debates em relação à evangelização do povo judeu. Embora alguns grupos cristãos defendam a disseminação do Evangelho entre os judeus, outros líderes religiosos, como o rabino Tuly Weisz, expressaram preocupação com essa abordagem durante eventos religiosos, como a festa dos Tabernáculos.

Enquanto a Embaixada Cristã Internacional de Jerusalém acolheu peregrinos cristãos de diversas nações para a celebração, Weisz enfatizou a importância de evitar atividades missionárias ofensivas durante o evento. Alguns cristãos também compartilharam essa visão, destacando a necessidade de construir pontes de confiança e amizade entre o povo judeu e os cristãos, ao invés de buscar a evangelização.

As opiniões em relação à evangelização dos judeus variam entre os próprios cristãos. Enquanto alguns acreditam que é sua responsabilidade compartilhar as Boas Novas com o povo judeu, outros consideram que essa abordagem pode ser prejudicial. A questão permanece como um ponto de discussão dentro da comunidade cristã.

Independentemente dessas divergências, é notável o crescimento da população cristã em Israel e sua contribuição para vários setores da sociedade. Com um aumento constante e uma participação significativa no mercado de trabalho e na educação superior, os cristãos em Israel continuam a moldar o panorama religioso e social do país.

 

*Imagem meramente ilustrativa: Pixabay