Um trágico incidente ocorreu no Atlântico Norte durante uma expedição aos destroços do Titanic. O submarino Titan desapareceu nas profundezas do oceano, levando consigo um piloto e quatro passageiros. Essa situação preocupante levantou questões sobre a segurança e as precauções tomadas pela empresa responsável, a Ocean Gate.
Segundo informações reveladas pela revista The New Republic, um ex-funcionário da Ocean Gate, David Lochridge, já havia alertado sobre os problemas de segurança do submarino. Lochridge, que ocupava o cargo de diretor de operações marítimas na época, era responsável pela segurança da tripulação e dos clientes. Ele expressou preocupações sobre a capacidade do submarino em enfrentar as profundidades extremas e se recusou a liberar testes tripulados dos primeiros modelos do veículo.
Infelizmente, as preocupações de Lochridge foram ignoradas, resultando em um trágico desaparecimento. A Ocean Gate, insatisfeita com as ações do ex-funcionário, demitiu Lochridge e processou-o por divulgar informações confidenciais. Em sua defesa, Lochridge alegou que sua demissão foi injusta, pois ele era um denunciante preocupado com a qualidade e a segurança do submarino.
Ruídos trazem esperança
Uma aeronave canadense enviada para ajudar nos esforços de resgate do submarino turístico Titan captou “ruídos subaquáticos” na área de busca da embarcação, de acordo com a Guarda Costeira (USCG).
A Guarda Costeira disse que a detecção dos sons subaquáticos na área de busca designada levou os investigadores a mobilizar veículos operados remotamente para realocar e investigar a origem dos ruídos incomuns.
Local do desaparecimento
A embarcação Titan submergiu no último domingo, 18 de junho, enquanto os turistas a bordo buscavam contemplar os destroços históricos do Titanic. O barco de apoio, quebra-gelo Polar Prince, perdeu contato com o submersível aproximadamente uma hora e 45 minutos após o mergulho, de acordo com informações da Guarda Costeira dos EUA. As autoridades canadenses informaram que o submersível desapareceu cerca de 700 quilômetros ao sul de São João da Terra Nova, na área onde ocorreu o naufrágio do Titanic em 1912.
Passageiros
Entre os passageiros a bordo do submarino está Hamish Harding, um bilionário de 59 anos e presidente da Action Aviation, uma empresa de aviação. Harding é conhecido por suas explorações ao Polo Sul e por ter viajado ao espaço em 2022 com a Blue Origin. Shahzada Dawood, um empresário paquistanês, e seu filho Suleman também estavam presentes na expedição. Dawood é vice-presidente da Engro Corporation, um dos maiores conglomerados do Paquistão.
O capitão do submarino, Paul-Henry Nargeolet, é considerado um dos maiores especialistas no naufrágio do Titanic. Ele é um ex-comandante da Marinha Francesa, piloto de submersível e diretor do programa de pesquisa subaquática para o Grupo E/M e Titanic. Nargeolet liderou diversas expedições ao local do naufrágio e supervisionou a recuperação de milhares de artefatos.
A OceanGate confirmou que o presidente da empresa, Stockton Rush, também está a bordo do submersível como membro da tripulação. No entanto, poucos detalhes adicionais foram divulgados sobre a situação.
Expedição milionária
A expedição para explorar os destroços do Titanic é uma jornada exclusiva e cara, custando mais de R$ 1 milhão por pessoa. O pacote inclui um mergulho de oito horas até os destroços da lendária embarcação britânica, que afundou em 1912 após colidir com um iceberg. A OceanGate Expeditions, empresa responsável pelo submarino, afirma estar empenhada em mobilizar todas as opções disponíveis para resgatar as pessoas desaparecidas.
Esse trágico incidente serve como um lembrete doloroso dos riscos envolvidos em expedições subaquáticas e destaca a importância de priorizar a segurança em todas as etapas. As investigações e ações legais em torno do caso provavelmente revelarão mais detalhes sobre o que levou ao desaparecimento do submarino Titan e seus ocupantes.
*Com informações de agências internacionais de notícias
(Imagem meramente ilustrativa: Pixabay)
