17 de dezembro de 2024

A passagem do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, pelo Brasil tem sido cercada de polêmicas. Nesta terça-feira (30) um grande tumulto se formou entre jornalistas e seguranças de Maduro após uma entrevista coletiva no Itamaraty, em Brasília.

Um repórter do jornal O Globo disse que foi arrastado pela roupa e depois imobilizado. A repórter Delis Ortiz, da TV Globo, levou um soco de um agente do Gabinete de Segurança Institucional, segundo relato da própria jornalista. Delis teria levado um soco no peito após perguntar a Maduro sobre a dívida da Venezuela com o Brasil.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram os momentos de tensão, mas sem registro das agressões.

Em nota, associação brasileira de emissoras de rádio e televisão repudiou as agressões.

Segundo a Abert, é injustificável e inaceitável que em um governo democrático como no Brasil, seguranças agridam a imprensa, a exemplo do que habitualmente acontece na Venezuela.

A entidade reafirma a defesa intransigente da liberdade de expressão e do direito à livre informação e pede às autoridades uma rigorosa apuração do caso e punição dos agressores.

Também por nota, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República disse que todas as medidas possíveis serão tomadas para que esse episódio jamais se repita.

Maduro é alvo de críticas durante sua passagem pelo Brasil em razão da crise econômica, política e social na Venezuela.

Em ofícios encaminhados à embaixada norte-americana na segunda-feira (29), os deputados federais Zé Trovão (PL-SC), Bia Kicis (PL-DF) e Gustavo Gayer (PL-GO) pedem a prisão de Maduro.

No material, Zé Trovão destaca que Maduro consta na lista de procurados pelo sistema de administração de repressão às drogas dos Estados Unidos.

 

*Imagem meramente ilustrativa: Pixabay