A mais recente novidade do campo da robótica é um minúsculo micromotor que pode identificar, prender e transportar células individuais. É um feito sério da engenharia que poderia encontrar usos desde a medicina à purificação do ar.
É importante ressaltar que os campos elétrico e magnético podem controlar a máquina – e o último será vital se o robô microscópico eventualmente for implantado no corpo humano, que é o que seus inventores pretendem.
O bot varia de 5 a 27 micrômetros de diâmetro e é feito de uma esfera de poliestireno especialmente projetada revestida com os materiais condutores cromo, níquel e ouro.
“O desenvolvimento da capacidade do micro robô de se mover de forma autônoma foi inspirado por micronadadores biológicos, como bactérias e espermatozoides”, diz o engenheiro mecânico Gilad Yossifon, da Universidade de Tel Aviv, em Israel. “Esta é uma área inovadora de pesquisa que está se desenvolvendo rapidamente, com uma ampla variedade de usos.”
Este micromotor tem uma lista impressionante de capacidades. Ele pode se mover de célula para célula, identificar diferentes tipos de células, reconhecer se as células são saudáveis ou moribundas, transportar células e aplicar drogas ou um gene específico a uma célula.
Os pesquisadores usaram o bot para capturar células sanguíneas únicas, células cancerígenas únicas e uma única bactéria. Ainda não foi testado dentro do corpo humano, mas essa é uma das áreas em que pode ser potencialmente eficaz.
Graças à maneira como ele detecta nativamente o status celular através de sinais elétricos, o micromotor pode eventualmente ser capaz de ajudar com certos tratamentos contra o câncer, identificando células que estão se matando dentro do corpo.
A pesquisa foi publicada na Advanced Science.
*Imagem meramente ilustrativa: Arek Socha / Pixabay