A Secretaria de Educação do Distrito Federal emitiu uma nota em que repudia qualquer tipo de preconceito e reforçou o compromisso para a compreensão dos fatos, bem como o suporte dos envolvidos no caso em que um aluno menor de idade “presenteou” uma professora negra com um pacote de palha de aço. O item teria sido usado pejorativamente em alusão ao cabelo de pessoas negras.
A secretaria disse, ainda, que o Centro de Ensino 9 de Ceilândia, onde o fato ocorreu, tem autonomia para conduzir a apuração do episódio.
A situação foi gravada por um estudante, dentro de sala de aula, no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Nas imagens, a professora abre o pacote dado por um aluno e se surpreende com uma palha de aço. Alguns estudantes dão risadas. Constrangida, a professora diz que vai aceitar o presente e diz que “tudo o que vai volta”. Ela chegou a agradecer o “presente”.
Diante da indignação de parte da comunidade escolar e da repercussão do caso nas redes sociais, a equipe gestora do Centro de Ensino disse, também em nota, que recebeu a denúncia nessa segunda-feira (14) e que a escola se reunirá com o estudante e com a professora para demais esclarecimentos.
Crime
O crime de injúria racial, assim como outros delitos resultantes de discriminação por causa da cor da pele, estão previstos em uma lei específica. A pena mínima, caso um adulto seja o autor, é de dois anos de reclusão.
Se o Ministério Público abrir investigação sobre a conduta do aluno, ele responderá de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.
*Imagem meramente ilustrativa
